quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Interface em Museus Virtuais: propostas para ações - Maria Paula Verissímo Carrera*

  O artigo busca compreender até que ponto as exposições virtuais conseguem proporcionar uma experiência satisfatória que atenda as necessidades do público. Se propõe a aproximar ao máximo o museu virtual da vivência do museu físico.
  Os museus são vistos,em sua totalidade, como guardiões da história, da memória, da arte etc; sendo responsáveis por preservar e difundir a cultura, todavia, por ser difusor de conhecimento deve se ajustar às novas tecnologias.
  Nas últimas décadas a sociedade tem assistido a um grande período de inovações tecnológicas, vivemos uma era de comunicação universal sem precedentes, a internet ganha destaque enquanto ferramenta que facilitou a distribuição e acesso a uma série de informações e aumentou a capacidade de interagir.
  A internet tornou-se parte de nossa vida, por esse motivo surge a necessidade de adaptação dos museus a estas mudanças, aproveitando o desenvolvimento e tecnológico na sua estratégia de comunicação com o público. Muitos museus possuem sites institucionais que levam ao público informações sobre seu acervo a atividades, notícias, eventos, dessa forma o usuário necessariamente não precisa estar em contato com o museu físico para acompanhar suas atividades.
  Os museus virtuais podem ser classificados em 3 categorias, conforme tipologia apresentada por Maria Piacente em 1996:

  1. Folheto eletrônico: Ferramenta de marketing que apresenta de forma simples as principais informações sobre o museu, seu website possui poucos recursos.
  2. Museu mundo virtual: Oferece informações mais detalhadas sobre o acervo, promove visitas virtuais, projeta o ambiente físico do museu no ciberespaço. Como exemplo a autora ilustra com a página da web do Museu Nacional de Arqueologia de Portugal - http://www.museuarqueologia.pt/?a=0&x=3 
  3.  Museus realmente interativos: Relacionam museu virtual e museu físico com elementos interativos que buscam cativar o visitante.
Relacionado a isso podemos destacar alguns pontos fortes e fracos, bem como seus desafios:

PONTOS FORTES:
  • O museu virtual surge como extensão do museu físico e, de maneira alguma, busca substituí-lo.
  • Utiliza o ciberespaço como mediador entre o patrimônio e os utilizadores (p.5)
  • Aproxima o museu físico de seu público que não pode visitá-lo
  • Interação com especialistas através de fóruns e eventos
  • Democratização do acesso ao patrimônio
  • Expansão do campo expográfico criando novos acervos.
PONTOS FRACOS:
  •  Recursos humanos e financeiros para conduzir o desenvolvimento de projetos.
DESAFIOS:
  • O conceito de museu virtual ainda é algo novo e está em construção, o que é bom, pois favorece o debate acerca de suas possibilidades. Complementa o museu físico e nenhum momento visa sua desvalorização, pelo contrário, surge como uma boa ferramenta de marketing para atrair o público à sua visitação.
  • Por outro lado, como sabemos a inclusão digital ainda é uma território a ser conquistado 



*REFERÊNCIA:
CARRERA, Maria Paula Verissímo. Interface em Museus Virtuais: propostas para ações. Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação. Ano 6 - Edição 4 – Junho - Agosto de 2013 - http://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/56347/59486  


    

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